sábado, 10 de setembro de 2011

Get up on your feet and dance!

Electricidade, sim, electricidade no ar. Sinto-o na minha pele, eriça-me os cabelos, sua-me as palmas das mãos, acelera-me o coração. Tum! Tum! Tum! Electricidade no ar, consigo cheirar, tocar, roça-me a pele e arrepia-me os poros. Giro em mim mesma, rodopio pelo ar e sou átomo, sou protão e sou conduzida por cabos eléctricos invisíveis que me elevam ao céu e lançam entre si o meu corpo torpe, vivo mas sem vida, incontrolável. Brincam comigo sem piedade. Fecho os olhos já cegos da luz intensa dos holofotes, que cruéis me ofuscam. Sou obrigada a seguir o ritmo desconcertante da electricidade no ar, ritmo que me usa, que esfomeado se alimenta do meu espírito, me gasta a energia e as forças. Rodopio mais uma vez e caio no chão. As luzes apagam-se, a música acaba, um sorriso rasgado assome-me nos lábios, silêncio... e agora esgotada, descanso.

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